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Frank

Muitos lembrarão de Frank pela escolha humilde e sem vaidades de Michael Fassbender ao atuar mais de 90% do filme com uma máscara/capacete/cabeçorra na cabeça e não mostrar a sua face. Essa estranheza curiosa, acaba dando um lindo contorno poético na conclusão da história. Mas é claro, assim como a música de Frank, o filme Frank não é para soar agradável. É para mostrar que somos muitos, com gostos diferentes, jeitos diferentes, mas uma maneira igual de amar aquilo que realmente gosta. Seja música, seja cinema, seja uma cabeçorra.

Frank é líder de uma banda de, não sei bem como definir, de música um tanto estranha e psicodélica. The Soronprfbs. Pelo nome da banda tente imaginar o tipo do som. Um certo dia eles esbarram em um garoto, Jon Burroughs (Domhnall Gleeson), um ruivo esquisito, sem graça e aspirante a músico que, por circunstâncias malucas, se torna tecladista da banda.

Frank discute algo tão sensível em meio ao pandemônio que é essa banda. Sintetizo com: faça aquilo que te faz bem. Uma mensagem simples, crua, mas que o longa entrega de maneira visceral. Quando deparamos com o homem por trás da cabeçorra de Frank, enxergamos um ser humano a procura daquilo que o faz viver. Muitas vezes o que te mantém vivo é aquele futebol do domingo, o papo de quinta no bar, a minha banda de rock alternativo dos ensaios de sábado, a visita semanal ao salão de beleza para fofocar com as amigas, etc, etc, etc... Mas tem muita gente que não percebe que essas coisas mínimas, são no fundo as mais importantes. São elas que mantém o nosso equilíbrio entre a sanidade e a loucura cotidiana. É brilhante tirar isso de um filme com um cara usando uma cabeçorra. Portanto, assista Frank. Ouça Frank. Sinta Frank.



Frank (2014)
Direção:  Lenny Abrahamson
http://www.imdb.com/title/tt1605717/

   The Lazarus Effect
(2015) on IMDb Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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