MR. ROBOT - 1ª Temporada

Indicada por uma grande amigo, Arjuna, que compartilhamos loucuras audiovisuais, fui arrebatado por Elliot e sua Fsociety, em MR. ROBOT. Deixa eu explicar de maneira bem resumida a série: imagine que você é um hacker e deseja fazer algo de útil pelas pessoas. Uma espécie de caridade mundial. Que tal zerar todos os débitos de cartão de crédito do mundo? É isso mesmo. A ideia de Elliot é fuder com o sistema e dar uma nova perspectiva para a sociedade. A primeira temporada de MR. ROBOT mostra esse processo e mete o pé na porta reverberando Breaking Bad e dizendo: o melhor está realmente na TV.

Ok, Ok. Uma série metida a revolucionária com cara de V de Vendeta, até as mascaras estão lá, e muita conversa técnica sobre computadores e surtos psicóticos. MR. ROBOT é árido, rápido, inteligente e surpreendente. Lá pelas tantas - BUMMMM - Jesus!!! Peraí. Então o cara está... Não, não entendi... mas...? Reviravoltas e cenas duríssimas que demostram a ousadia narrativa da série e que tem pautado as produções da TV americana. Tem um pouquinho de Psicopata Americano, Clube da Luta, a esquizofrenia doentia da literatura de Chuck Palahniuk no roteiro. Tudo isso temperado com uma direção e montagem impecáveis. Mas a cereja do bolo é Rami Malek, que interpreta Elliot. Ou ele é estranho assim mesmo, ou estamos diante de um novo River Phoenix. Soturno, gentil, mas triste, ambíguo, dúbio. Está tudo ali no olhar do ator. Bom ficar de olho nele.

MR ROBOT começa em alta voltagem, desacelera, te surpreende e termina com um dos melhores season finale dos últimos tempos. Cheio de sutilezas e cenas de deixar o espectador de queixo caído. Consegue um nível espetacular de ironia e discussão sobre a força do povo e o papel das grandes corporações no progresso do mundo. Mesmo diante da revolução, os poderosos não se assustam. Por que será? Assista a cena após créditos. Agora resta no saber: quem bateu à porta de Elliot?

Aliás o tal F, de fsociety quer dizer: Fuck Society.