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Jessica Jones - 1ª temporada

E a Marvel/Netflix apronta de novo. Jessica Jones é uma série-HQ que as feministas vão adorar, mas no fundo mesmo, ela é mais indicada pra quem é cabra-macho (as meninas são muito mais que os meninos). Violência, sexo, alcoolismo, subserviência, estupro, exploração escrava, essas são algumas das várias temáticas discutidas nos 13 ótimos episódios da série. Jessica tenta ser uma boa pessoa, ainda que o mundo esfregue na cara dela o quão complexo e difícil isso possa ser.

A abordagem adulta de Jéssica Jones pode até soar como novidade, mas só para quem ainda não conferiu Demolidor, também da Marvel/Netflix. Realmente é incomum vermos super-heróis com esse nível de dramaticidade. Temos em Jéssica uma heroína que tenta fugir desse rótulo, viver o mais escondido possível, para quem sabe as pessoas não saibam que ela exista, sobretudo que ela tem super poderes. Ela não quer ser notada, também por conta de seu ofício, uma investigadora particular.

Mas alguém sabe que ela existe e a deseja intensamente, Killgrave, o espetacular vilão interpretado por David Tennant. Se a série funciona muito bem, parte se deve ao estonteantemente trabalho de Tennant. Carismático, cativante, com aquele senso de humor ácido dos ingleses, Killgrave nos encanta até por sua maldade inescrupulosa, que faz uma pessoa jogar café quente no próprio rosto só pelo prazer de ridicularizá-lo. Convenhamos, assim como a ambiciosa advogada Jeri Hogarth, não seria interessante ter o dom de Killgrave e sugerir/ordenar o que as pessoas devem fazer? Hummm... acho que eu seria pior que ele (risos).

A série costura muito bem a trama e só tropeça um pouco ao estabelecer alguns links com o universo expandido da Marvel. Jessica nessa primeira temporada já conhece Nuke e Claire Temple, a enfermeira favorita de  Matt Murdock, o Demolidor. A relação com Luke Cage ficou bem equacionada, assim como o amor fraternal com Trish. Apesar de todo o cenário duro e sombrio no entorno de Jéssica, a trama trilha um caminho até simples: como nós nos importamos com quem amamos? Ainda que tenha um look moderninho, até com referências à Lisbeth Salander de Os Homens que Não Amavam as Mulheres, Jessica Jones só deseja viver uma vida comum, com as pessoas que ama, mesmo que o mundo insista em direcioná-la por outros caminhos, que lá na frente vai culminar no grupo de heróis chamado os Defensores.



Jessica Jones (2015)
Criação: Melissa Rosenberg
http://www.imdb.com/title/tt2357547/

  Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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