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Capitão América: Guerra Civil

Capitão América: Guerra Civil é, sem sombra de dúvidas, a melhor adaptação cinematográfica de histórias em quadrinhos (HQ) para o cinema. Sim, eu estou afirmando: o quebra pau de Capitão América e Homem de Ferro é superior ao Batman: O Cavaleiro das Trevas. Complexo, denso, bem humorado, dramático e toca em assuntos pertinentes como terrorismo, lealdade e o caminho tortuoso da vingança. Onde o filme acerta em cheio: os heróis aparecem mais tempo sem as suas indumentárias e mais como humanos comuns. Capitão América: Guerra Civil é sobre as pessoas que estão por baixo da casca de heróis e vilões.

Por trás da batalha entre os grupos do Capitão América e Homem de Ferro há uma intensa discussão sobre lealdade. O fio principal da narrativa é trilhado no fato do Capitão proteger seu amigo Bucky "Soldado Invernal" e todas consequências dessa escolha. Não chega a ser uma guerra, como o título do filme promove, mais um embate sobre ponto de vistas. Ambos os lados tem seus prós e contras. A questão toda é que há mais gente interessada nesse embate entre o azul Capitão e o vermelho Ferro, além dos integrantes dos Vingadores.

O brilhante roteiro flerta com o terrorismo na ótima cena da convenção da ONU e que ainda tem a elegância de introduzir o Pantera Negra no Universo Cinematográfico da Marvel (UCM). O herói africano chegou com os dois pés no peito e por pouco não rouba o filme do Capitão América. A cada passo o espectador vai percebendo as camadas da intricada trama, com discussões pertinentes e ótimos diálogos. O filme é sobre pessoas debatendo o comportamento dos heróis. Entre essas pessoas estão Tony Stark e Steve Rogers. Perceba que a conclusão do filme, com o relato da motivação do vilão Zemo, envolve essencialmente o comportamento dos heróis no exercício da função deles: salvar as pessoas. Opa, mas Zemo fez o que fez por vingança, por algo equivocado que Os Vingadores fizeram no segundo filme. Por mais que as cenas de ação sejam ótimas, o timing espetacular, boas atuações, é mesmo no roteiro que Capitão América: Guerra Civil se diferencia de tudo que já foi feito nas adaptações de HQs para o cinema.

O filme já era brilhante quando dá início ao seu ato final. Ufa, como esquecer a linda batalha do aeroporto com Homem Aranha e Homem Formiga roubando a cena. Penso eu: vixe, já é um filme cinco estrelas. Vem o longa e nos traz uma ótima reflexão sobre vingança. Eu adorei o vilão humanizado Zemo, que nada mais é um humano inteligente que fez uma boa articulação para fomentar o embate entre os dois grupos. Isso me remeteu à Corpo Fechado, na qual há um questionamento sobre a diferença entre o herói e o vilão? Basicamente, a perspectiva do lado de quem está defendendo. Tanto Capitão América, Homem de Ferro e Zemo estavam corretos no que defendiam. O problema é quando o que você defende é o contrário do que o outro defende. Temos aí o embate. Quem é o herói? Quem é o vilão? De acordo com os historiadores, apenas a versão dos vitoriosos é que vai parar nos livros de história. Ufa, ainda bem que as histórias aqui são em quadrinhos.

Spoiler Alert
Cena PósCréditos 1 - No meio dos créditos temos O Soldado Invernal sendo congelado para que no futuro seja possível dar alguma solução a sua situação. O mais interessante é onde ele ficará guardado até que esse momento chegue. Ótima deixa para o filme do Pantera Negra

Cena PósCréditos 2 - Temos uma cenazinha boba, mas que serve de deixa para o retorno do amigão da vizinhança, o Homem Aranha, que estará de volta as telonas em 2017.



Capitão América: Guerra Civil (2016)
Direção:  Anthony Russo, Joe Russo
http://www.imdb.com/title/tt3498820/

  Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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